> Ao longo da minha vivência em Macau foi indubitavelmente o jovem André Couto que fez parte da minha carreira. Acompanhei desde criança a sua vontade e intuição para ser um piloto de automóveis. Muito do meu tempo de jornalista foi dedicado ao percurso desportivo de André Couto. Recordo aqui, com muita saudade, a sua participação no circuito alemão de Nurburgring, em Fórmula 3, onde o André, como sempre, deixava de boca aberta quantos não o conheciam. De registar um pormenor importante e razão principal deste post: sempre ao longo da sua carreira o nome de MACAU esteve presente nos seus carros. E sobre esse facto, Macau também lhe deve muito.
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> E foi assim, com este aterro na Baía da Praia Grande, que se deu início aos trabalhos de construção do edifício que haveria de albergar a Assembleia Legislativa.
> Quando em 1981 cheguei a Macau ia recomendado por um amigo a fim de conhecer o padre Manuel Teixeira. Uma figura típica do território, ilustre historiador e colaborador da imprensa local, o padre Teixeira recebeu-me no antigo seminário onde vivia. Aos cumprimentos e apresentações logo me convidou para um "cházinho". Acedi com toda a satisfação, convencido de que iria, pela primeira vez, ficar com o sabor e o proveito de um bom chá chinês.
De repente, vejo o padre Teixeira dirigir-se ao frigorífico e logo pensei que a sua preferência ia para o chá frio tal como muita gente que vivia em terras de África. Qual quê, traz-me uma garrafa de whisky para a mesa, dois copos e vá de encher... Eram 9:30 horas... conversámos muito e bebemos muito "chá"... Ao fim de umas horas, o padre Manuel Teixeira foi-se deitar e eu fui aos ésses pela rua abaixo... Mas, ficámos para sempre grandes amigos.
> O cantautor Fernando Tordo é um amigo há mais de quatro décadas. Dos bons tempos em que a malta das cantigas e da rádio/televisão se reunia no célebre café VáVá, em Lisboa. Fernando Tordo é um homem solidário, um profissional exímio que nada faz a brincar, apesar de por natureza ser um brincalhão. O seu repertório é vasto, diversificado e de grande nível. Contudo, ninguém, onde quer que se desloque para actuar, lhe dispensa a composição 'Tourada'. Fernando Tordo actuou várias vezes em Macau e numa das vezes tivemos tempo para almoçar juntos no Hotel Bela Vista.
> Em Macau sempre residiram alentejanos. Muitos radicaram-se até à morte. Os alentejanos são portugueses muito especiais: trabalhjadores, sérios e bons garfos. Onde haja um alentejano há boa disposição e boa mesa. E pouco lhes importam as anedotas malévolas que só destróem a boa imagem dos alentejanos. Um dia, no quartel de Coloane, um grupo vasto de alentejanos promoveu um lauto repasto, no qual não faltaram as melhores iguarias do grande Alentejo e onde o meu capote, hoje com mais de 40 anos, marcou presença. O compadre Santos foi um dos animadores da festa, homem excepcional que ainda mantém na ilha da Taipa o seu restaurante ao serviço da comunidade macaense.
> Muitos dos que viveram em Macau nunca chegaram a sentir o que é a verdadeira amizade luso-chinesa. É uma amizade especial. Mas existe. Existe a partir do momento em que duas pessoas de raças e culturas diferentes são sérias e solidárias nos dois sentidos. Logo que assumi a liderança do jornal 'Macau Hoje' aceitei um jovem chinês para trabalhar como assistente na redacção. O jovem A Meng, cujo nome próprio incluia Veng, sempre se mostrou desde o primeiro dia um rapaz muito diferente da normalidade. Um dia, transmitiu-me que gostava de mim como um filho e que eu não era mais o seu patrão, mas o seu amigo. Ao longo dos anos esteve sempre ao meu lado, especialmente nos momentos mais amargos, convidou-me para padrinho do seu casamento e foi o único chinês que vi chorar, no momento da minha partida de Macau. Um abraço ao Vincent, hoje, um grande campeão de barcos-dragão.
> Recordo hoje o dia em que o macaense mais inteligente, mais dialogante e mais ilustre que conheci, o advogado Carlos d'Assumpção, foi homenageado pelo Presidente da República, Mário Soares. A sua estátua foi eregida na ilha da Taipa, na rotunda do hotel Hyatt, sob a presença de dezenas de amigos, onde se incluia o governador Rocha Vieira. Numa das imagens podemos ver os seus irmãos António, Mário e José Carlos - três homens que sempre me dispensaram a maior amizade -, na companhia da filha do saudoso causídico.
> E assim nasceu o Karting em Macau. Um grupo de entusiastas da modalidade, no qual se incluia o autor deste blogue, Mário Sin, Carlos Couto e Belmiro Aguiar resolveu em boa hora apresentar um projecto de Kartódromo ao governador Rocha Vieira. A imagem reporta-se ao dia em que várias entidades e a comissão de apoio à existência do Kartódromo se deslocaram ao local, na ilha de Coloane, onde veio a ser edificado o complexo desportivo e onde Rocha Vieira anunciou à Comunicação Social que o Kartódromo seria uma realidade.
> Após a inauguração do novo edifício da Assembleia legislativa da RAEM, nos lagos Nam Van, os deputados convidaram os jornalistas para uma visita às instalações. Reconhecem-se na imagem os jornalistas portugueses João Francisco Pinto (TDM), Albino Pais (Clarim), João Severino (Macau Hoje), Gilberto Lopes (Tribuna de Macau) e o alemão Harald Bruning (SCMP e Va Kio).
> E assim tudo começo no referente às obras do aeroporto. Com um aterro entre a Taipa e um ilhéu maravilhoso que existia e o qual cheguei a visitar a nado. O referido ilhéu serviu de base de apoio para a existente torre de controlo de tráfego aéreo. O terminal do aeroporto seria construído neste local que as imagens nos mostram.
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